“Até a próxima vida, amigo”, foi o que ele disse. E fez todo sentido, sabe? Daqui a um, dois anos não seremos mais os mesmos. Ora, daqui a meros meses não seremos mais. Novos gostos, novos amigos, novas músicas, novos caminhos. Tudo novo, tudo de forma gradual e involuntária. E nem percebemos. Quando nos vermos de novo seremos outras pessoas.
Isso me fez pensar muito. Pensar que a cada ano que passa os relacionamentos mantidos ganham mais peso. No sentido de terem mais força e nos fazerem melhor, mas também no sentido de necessitarem de mais atenção para serem levados adiante (caso contrário eles definham...).
Horas, dias, meses, anos... existem experiências inesquecíveis. Não adianta nos prendermos ao que foi um dia. Tudo foi um momento na história. Um retrato, em colorido ou preto e branco, de algo poderoso e genuíno. E se pararmos para pensar, nós seguimos pela vida fazendo outros retratos. Precisamos fazer. E sempre haverá aquelas fotografias que estarão em sua memória, contendo a força de um momento único, para você e as pessoas que te acompanhavam.
Aconteceu já faz um tempo e, segundo Einstein, continua a acontecer agora mesmo. Por que são os homens que não conseguem entender, mas tudo acontece ao mesmo tempo. Nós que organizamos o tempo em uma seqüência linear, para compreendê-lo melhor.
Já aconteceu, mas ainda está acontecendo. E isso me deixa muito feliz.
Livro: coisas da faculdade (fim de período)
Música: Gotan Project/ Juno Soundtrack
By Doutor Estranho