domingo, 26 de outubro de 2008

Bloguices


Muita correria nos últimos dias. Sem idas ao cinema, sem almoços tranquilos na faculdade e pouco descanso. Mas novembro vem aí e a correria promete só aumentar! No bom sentido!


Bom, para quem não sabe novembro é o meu mês favorito do ano. O mês começa com a despedida e a lembrança de quem já se foi no dia de finados e depois prepara nossa vida para as reflexões de fim de ano que começam logo depois, em dezembro. Sem sombra de dúvida uma ótima época!


E nas faculdades, colégios e instituições educacionais sempre significa aquela época de muito trabalho para que tudo se finalize logo no início de dezembro. Enfim, sem querer cair naquelas bloguices, é mais ou menos sobre isso que queria falar. Isso e que daqui uns dias tentarei voltar a programação normal por aqui.



Ah, e uma notícia que me deixou muuuuito feliz: dia 07/12 vai ter show do Marcelo Camelo em Manaus!!! =D Confirmado pelo myspace do compositor!


Só estranhei a escolha do local para o show: Balneário do SESC. É o mesmo local onde foi realizada a segunda edição do Ecomusic um tempo atrás. Acho um espaço muito amplo para um show que é, ao menos me parece, tão intimista. Só voz e violão naquele espaço todo? Hum... acho que vai ter que rolar uma banda para acompanhar. De preferência com a Mallu Magalhães no meio! :p


E você, já se tocou que o ano já está acabando?

Música: Marisa Monte

Livro: Textos da faculdade

By Doutor Estranho

domingo, 5 de outubro de 2008

Mídias Locativas

Com a convergência digital e as mudanças significativas nos processos comunicacionais, surge novas áreas de estudo interdisciplinares, como a cibercultura, o jornalismo online e as interações entre política e internet. Dentro dessas áreas surgem os estudos das mídias locativas, um conjunto de tecnologias com capacidade de vincular informação a um local específico. Ou seja, as informações em rede conseguem modificar o espaço urbano.

A relação entre as localidades e os dispositivos tecnológicos com essa capacidade são inovadores. Um exemplo disso foi a intervenção no espaço urbano promovida pelo artista norte-americano Mark Shepard e o grupo Preemptive Media, no Parque Municipal de Belo Horizonte no ano passado. Através de um software de código aberto para celulares, o artista promoveu um workshop onde criava um jardim sonoro no parque, como parte do 2º Festival Internacional de Arte em Mídias Móveis – o Arte.Mov.



Os participantes do workshop utilizavam o software aliado a uma rede wireless para “plantar” sons no parque. Dessa forma qualquer pessoa com um celular que acesse esse tipo de rede poderia ouvir os sons “plantados” anteriormente.

A instalação artística demonstrou uma nova utilização para tecnologias já conhecidas, que pode ter grandes aplicações em outras áreas.
Outra aplicação dessas novas tecnologias é a produção de filmes de curta-metragem, cujas produções o Arte.Mov premia. A produção desse tipo de filme cresceu tanto que já existe um circuito de festivais ao redor do mundo, como o Mobile Movies na Suécia, o Pocket Films na França e o Mobility Fest na Colômbia.



Além de um custo menor para produção, a vantagem desse tipo de filme é a sua distribuição entre celulares de forma simples. Nesse sentido, as mídias locativas podem promover uma comunicação pós- massificada. Não há aqui um processo industrial por trás da produção e nem um único emissor de conteúdo: todos que tenham acesso a tecnologia podem comunicar-se entre si, de forma veloz e igualitária.


Os estudiosos afirmam que essa característica é que pode transformar os espaços urbanos e a vida das pessoas. Empresas, artistas e ativistas já vêm utilizando várias possibilidades dessas mídias para promoverem seus interesses, produtos e causas.

Mas essa revolução ainda não é acessível a todos: apenas quem utiliza GPS, telefones celulares, palms e laptops em redes Wi-Fi ou Wi-Max, Bluetooth, ou etiquetas de identificação por rádio freqüência conseguem explorar esse novo mundo. Sim, eu sei que todas essas tecnologias estão a cada dia mais acessíveis a todos (o maior exemplo disso são os celulares), mas acredito que não podemos ignorar essa ressalva.



Para uma leitura aprimorada desses conhecimentos eu indico os livros de André Lemos, doutor em Sociologia pela Universite de Paris IV e professor de Comunicação da UFBA, e os artigos de Rodrigo Minelli, doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP e professor de comunicação da UFMG.

Para mais informações:
> Centro Internacional de Estudos e Pesquisa em Cibercultura
> Arte.Mov 2008


Música: Ben Harper


Livro: leituras da faculdade.

By Doutor Estranho