quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Tocando em frente



Pois é. Votos de saúde, tranquilidade e muitas surpresas em 2010 para todos. E nada de parar pelo caminho!

Xô 2009!

Livro: O Triste fim de Policarpo Quaresma
Música: Gal Costa

By Doutor Estranho

domingo, 6 de dezembro de 2009

Fog baré



A grama não está verde, os olhos não são azuis... bom, mas já podemos dizer que o céu anda meio cinza, não? Favor, ignorar o fato de que ninguém aguentaria usar roupas como as da Cibelle e do Devandra por aqui.

A canção London, London foi gravada originalmente no álbum Caetano Veloso de 1971, terceiro solo da carreira do baiano. São sete faixas, a maioria cantada em inglês, que falam de tristeza e da saudade que o cantor sentia do Brasil durante seu exílio em Londres.

Recomendo para todos. Especialmente nesses dias com a triste fog baré.

Música: vários
Livro: coisas da faculdade

By Doutor Estranho

sábado, 17 de outubro de 2009

Licença

(

"Quiet nights of quiet stars
Quiet chords from my guitar
Floating on the silence that surrounds us

Quiet thoughts and quiet dreams
Quiet walks by quiet streams
And a window looking on the mountains
And the sea, so lovely"

Corcovado, Tom Jobim


"Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor
- Eu soubesse repor -
No coração despedaçado
As mais puras alegrias de tua infância!"

O impossível carinho, Manuel Bandeira

)

Música: Bob Dylan

Livro: Libertinagem e Estrela da Manhã

By Doutor Estranho

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O povo, a cúpula e o clima

Encerrou-se na sexta passada a Cúpula Amazônica dos Governos Locais. O evento contou com um ótimo time de especialistas da região amazônica sobre temas “verdes”, todos bem gabaritados e com anos de experiência e pesquisa.

Nesse sentido, considero o evento um sucesso. Mas duas coisas me incomodaram bastante ao caminhar pelo Studio 5 Centro de Convenções durante os dois dias da Cúpula. O primeiro foi a baixíssima presença de participantes no evento. Os corredores estavam vazios, as palestras idem.

Nos meios de comunicação algumas autoridades presentes falaram sobre “a entrega da opinião do povo amazônico à reunião de Copenhagen”, em referência à Carta Manaus.
Desconfio muito dessa afirmação. O povo amazônico não estava presente nos corredores da Cúpula. Creio que nem o amazonense estava. Afinal, ao valor de R$ 250,00 já era esperado que o povo não participasse.

Por fim, a grande surpresa ao final do evento. Muito me preocupa pensar que um gestor que se mostrou tão pouco preocupado com as gestões ambientais em seus primeiros meses de mandato represente toda América Latina na Convenção da ONU.

Será que estão se operando mudanças na consciência ambiental de nossa classe política? Ou será apenas uma coincidência por conta do que Manaus representa para esse encontro da ONU? Ou será se é tudo intere$$e pela REDD, promessa de dinheiro para uma região com tantas diferenças sócio-econômicas?

E você, o que espera da tão falada Convenção da ONU em Copenhagen?

Livro: coisas de monografando
Música: Alanis Morissete

By Doutor Estranho

sábado, 3 de outubro de 2009

Coisas de monografando

1 – Todas as leituras se tornam absurdamente extensas e você passa a questionar se não desenvolveu DDA.

2 – Todas as pessoas que você precisa entrevistar subitamente viajam ou ficam doentes, atravancando o seu trabalho.

3 – Todos os editais de mestrado que te interessam são lançados ao mesmo tempo em que você se desespera para acabar a mono em tempo.

4 – Subitamente você recebe telefonemas a respeito de seleções de emprego maravilhosos. Pena que eles envolvem viagens imediatas...

5 – Familiares e amigos, naturalmente, passam a reclamar de seu sumiço. Até aí tudo bem. O problema é quando passam a organizar tentadoras viagens de última hora...

6 – Filmes, shows, peças de teatro, aquelas caixas especiais com todas as temporadas do seu seriado favorito...ai, ai, a lista de tentações é infinita.

7 – Você passa a contar o tempo por semanas e não mais por dias. É o medo de perder os prazos de entrega...

8 – Quando você está na bem no final do trabalho, sempre tem alguém que comenta: “Nossa, tem um livro que fala EXATAMENTE sobre isso”... ¬¬

9 – Pela primeira vez, em vários anos, quando você pensa no que fará no ano seguinte, percebe que não sabe o que vai fazer. Quando sabe, ainda não tem certeza...

10 – O computador que você usa SEMPRE dá algum problema. É infalível! Tem que fazer mil cópias do mesmo arquivo para garantir...

Música – Frank Sinatra/Coldplay

Livro – Macbeth (há umas três semanas...)

By Doutor Estranho

sábado, 22 de agosto de 2009

Evolução das Espécies

Quando eu ouvi No Doubt pela primeira vez a Gwen Stefani era assim:

Quando minha irmã começou a ouvir as músicas da Gwen ela já estava assim:


Quando eu ouvi as músicas da shakira pela primeira vez ela era assim:

Meu primo de 15 anos começou a ouvir as músicas da Shakira com ela assim:


Quando tinha 10 anos e meu pai me falava de mutantes eu pensava em pessoas assim:
Quando falo de mutantes para meu primo de 10 anos ele pensa em pessoas assim:

Talvez darwin explica essas...
E você, já entendeu a lógica da evolução das espécies?

Livro: Memorial de Maria Moura
Música: Mutantes - Mutantes
By Doutor Estranho

sábado, 8 de agosto de 2009

Eu e os livros

Me pergunto hoje, ao olhar para o quarto, o quanto é triste constatar que tenho muitos livros que ainda não li. É uma sensação incômoda, de desperdício. Não li. Vergonha, vergonha. Estão escondidos no guarda-roupa, na escrivaninha e, ás vezes, em mochilas improvisadas. É uma sensação de perda estranha, amarga. Não sei dizer se seria como um bilhete de viagem que você nunca usou ou é mais como um presente que nunca abriu.


Já parei de comprá-los, para evitar o acúmulo, mas eles continuam a chegar. Empréstimos e presentes de pessoas especiais. Já neguei os empréstimos, mas os livros presenteados continuam sendo oferecidos(Anda bem!). Confesso que não li todos. Me nego a dizer quais. Sempre estou lendo um, mas os anos passaram e o tempo diminuiu.


Ler um livro exige de minha parte uma pequena preparação. Um ritual. Não consigo adentrar no processo se antes não me concentrar. Ou respirar. Ou simplesmente olhar para o azul. Ou beber um café. Tenho amigos que conseguem ler no ônibus! Inveja deles.


Os acadêmicos não entram na conta. Esses fazem parte do ofício, da pesquisa, do ensino. Falo daqueles que você se interessa ao ler o título. Daqueles que ao olhar para a capa você reconhece o autor como um grato narrador de um livro passado. Delícia. Ainda tenho tanto a ler! Porque meu interesse não acaba no meu quarto. Aqui tem só o começo. A cada visita aos amigos, a cada conversa, a cada passada naquela livraria a lista aumenta. E o tempo só diminui...


Não sei ao certo qual foi o primeiro que ganhei. Ok, acabei de descobrir. Busquei aqueles de infância e, para minha sorte, meus pais assinaram as dedicatórias. Contos de Perrault e Lendas e Fábulas do Brasil. Presentes do meu Pai e minha Mãe, respectivamente em outubro de 89. (Ano passado eu reli os dois, que tesouros!) Alguns meses depois, janeiro de 1990, fui presenteado pelas mesmas pessoas com O Pequeno Príncipe, do Antoine de Saint-Exupéri. Quem nunca leu esse?


Gosto de cinema, de barzinho e de música. E acabo me dedicando mais a isso, pois é possível estar junto de outros. Aí fico devendo aos meus livros. Peço perdão a eles e aos amigos que me presentearam recentemente. Irei ler todos, prometo. E quem quiser me presentear com mais um, não se preocupe, são todos bem vindos!


E você, quais foram os primeiros livros que leu?


Livro: O coração das trevas – Joseph Conrad


Música: Mutantes – Mutantes

By Doutor Estranho


domingo, 2 de agosto de 2009

Tempo

Para todos nós que seguimos sob o ritmo dos ponteiros...


Quanto tempo faz? Será se faz o mesmo para mim e para você Afinal, todos nós pensamos o tempo de um jeito diferente...

AH! OS RELÓGIOS

"Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...

Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.

Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.

E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são..."


Mario Quintana - A Cor do Invisível

E para você, O que é o tempo?

Livro: Sentimento do Mundo - Carlos Drummond
Música: Feeling Good - Nina Simone

By Doutor Estranho