quarta-feira, 3 de março de 2010

Oscar 2010 – Parte 1

No próximo domingo, 07/03, será realizada a 82º cerimônia de entrega da premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.  Nessa edição estão concorrendo na categoria de Melhor Filme dez produções, o dobro dos anos anteriores. Como preparativo para a premiação, resolvi assistir os 10 concorrentes, apesar da dificuldade por não ter todos disponíveis nos cinemas de Manaus. Registro aqui opiniões sobre cada um dos candidatos.


O TEXTO A SEGUIR CONTÉM SPOILERS!

Bastardos Inglórios



A obra de Quentin Tarantino estreiou internacionalmente durante o festival de Cannes. O filme tem como principais marcas as atuações de um grande elenco encabeçado por Brad Pitt e o estilo já consagrado do diretor: diálogos marcantes, personagens excêntricos e cenas de tensão que inevitavelmente acabam em um tiroteio frenético. Destaco as atuações de Cristopher Watz como o coronel nazista Hans Landa e Melánie Laurent como a judia Shosana. A cena que mais me impressionou do filme foi a vingança dessa última, ao colocar fogo em seu cinema com a elite nazista presa na sala de exibição. Demais!

Avatar



O grande blockbuster dessa edição do oscar é Avatar, do diretor James Cameron. Mesclando personagens 3D com “pessoas de verdade”, o roteiro do filme é meio clichezão, com direito a um personagem “escolhido”, que conquista a confiança da mocinha para depois revelar que trabalhava para os “caras maus”.  A diferença é que a ação se passa num futuro distante, no exótico e selvagem planeta Pandora, onde o povo alienígena Na’Vi resiste aos avanços de uma empresa mineradora humana. As cenas de ação são fantásticas, assim como a trilha sonora. Gostei de ver Sigouney Weave e Michelle Rodriguez (Lost!) nos papéis da Dr. Grace Agoustine e da piloto Trudy, respectivamente.

Preciosa – Uma história de esperança



Forte. O filme de Lee Daniels conta a história de Claireece Preciosa Jones, interpretada magistralmente por Gabourey Sidibe. Maltratada e abusada sexualmente dentro de casa, Preciosa é negra, obesa, mora em um bairro perigoso e está grávida pela segunda vez de seu próprio pai. Com tantos problemas, ela tem dificuldades se comunicar e foge da realidade sonhando em ser uma importante celebridade para esquecer suas mazelas. Isso apenas no início do filme, pois, por mais que se esforce para melhorar de vida, outros problemas ainda irão surgir na vida da protagonista. Destaque para sua mãe, interpretada por Mo’Nique, que eu já considero como uma das melhores vilâs do cinema nessa década.  

Amor sem escalas



No Brasil o título em portugês do filme não ajudou muito quem estava indeciso na hora de ir ao cinema. Apesar disso, o filme de Jason Reiman foge ao comum com diálogo afiados e boas atuações. George Clooney interpreta Ryan Bignham, funcionário de uma empresa contratada para demitir da “melhor” forma possível funcionários de outras empresa. Além de contar histórias comuns nos dias de hoje – algumas das reações de quem é demitido são impressionantes, o filme aborda os excessos da cultura workholic. Destaque para Vera Farmiga no papel de Alex, uma mulher que tem muito em comum com Bignham e para  Natalie, interpretada por Anna Kendrick, sua nova colega de trabalho.

By Doutor Estranho

4 comentários:

Bernardo Ale disse...

spoilers!!!!!

Susy Freitas disse...

a Mo'nique está PÉSSIMA em Preciosa, o que é ótimo, pois é exatamente isso que ela deveria encarnar mesmo. pra mim ela já deveria se considerar com o oscar em mãos, assim como o véio gostoso do Cristopher Watz (aaaaaai, Hans Landa!). quanto à avatar, até entendo a indicação a melhor diretor e prêmios técnicos, mas se ganhar melhor filme eu vou passar a acompanhar o oscar só no e!entertainment pra ver os vestidos!

Unknown disse...

1) Então conseguiste ver Perig, digo... Preciosa? =P

2) Avatar é um Pocahontas remasterizado com incríveis efeitos visuais (e só).

3) Up in the air (ñ digo o nome "traduzido" nem a pau) foi realmente uma puta surpresa como filme! =)

Jack disse...

Acho que o pessoal tem que entender que filme não é livro, portanto nao se julga somente pela historia (nem livro se julga somente pela historia, tbm tem a forma da escrita). Viagem a lua tem uma historia boa e original? Não. Mas adorooooon. :)
Pra quem quiser saber mais, pesquisar Sergei Einsenstein e o cinema como a arte da montagem dialética.