sexta-feira, 5 de março de 2010

Oscar 2010 – Parte 2

Prossseguindo com os indicados a Melhor Filme do Oscar 2010...

O TEXTO A SEGUIR CONTÉM SPOILERS!

Up – Altas aventuras



Não é fácil aprender a lidar com perdas. Lidar com a morte de um ente querido é um desafio na vida de todo ser humano. E é exatamente sobre o luto que fala o novo filme da Pixar, dirigido por Pete Docter, que já nos 10 minutos iniciais nos apresenta uma sequência emocionante. Mas como todo filme inteligente, Up não se restringe a esse tema. O filme também fala sobre problemas familiares, a frustração de sonhos não realizados, o destino de quem se deixa levar por suas obsessões e sobre não ser aceito no grupo. Ah, e provoca muitas gargalhadas. Recomendo aos que gostam de rir e também aos que gostam de chorar, independente da idade!

Um homem sério



Assim como Bastardos é marcado pelo estlilo de Tarantino, Um homem sério tem a marca dos irmãos Joel e Ethan Coen. Seja nos planos de filmagem gravados de forma lenta,  no humor negro ou no simbolismo presente em muitas cenas, o filme leva a assinatura dos Coen. Pessoalmente só entendi o início após metade do filme, por conta da opção dos irmãos de contar uma história para ilustrar um hipertexto  ou uma idéia maior. Se por um lado isso abre uma riqueza de interpretações e questionamentos, por outro deixa muitos telespectadores insatisfeitos. Apesar de ter me irritado muito com o azar do protagonista na primeira metade, na segunda me encantei com a crítica dos diretores.     

Educação



Jenny, interpretada por Carey Mulligan, é estudante em uma conservadora escolade Londres, na qual passa os dias tirando as melhores notas e sonhando em um dia viver uma extasiante vida cultural em Paris. Para tanto ela se esmera para entrar em Oxford, sonho imposto por seu pai - interpretado impecavelmente por Alfred Molina. Até que surge o charmoso e perspicaz David, interpretado pelo excelente Peter Sarsgaard (sou fâ mesmo!), que pode realizar os sonhos da mocinha. Educação é um trabalho caprichado da diretora Lone Scherfig e de imediato nos remete a Gilmore Girls, com suas devidas adaptações. O problema são os clichês envolvidos e aquela velha idéia de que é o vestibular que vai definir a vida de um estudante.

Guerra ao Terror



As duas horas do filme de Kathryn Bigelow irradiam adrenalina e testosterona. Focada nas missões da companhia Bravo de fuzileiros, responsável por desarmar bombas que ameacem civils e soldados americanos durante a ocupação do Iraque, a história retrata o quão enlouquecedora pode ser uma guerra. Mais do que o medo, a culpa ou os pensamentos suicidas, o vício pela ação é o distúrbio que pode custar mais caro aos personagens. O ritmo é frenético e pontuado pela contagem dos dias para o regresso para casa. No fim, Guerra ao Terror é um retrato inquietante sobre os soldados que atuam na guerra e a população que é vítima desses conflitos. Pode ser também a melhor vingança que uma mulher já aplicou ao seu ex-marido, uma vez que é beeem superior à Avatar.

Antes da premiação do Oscar publicarei os textos sobre os dois filmes que faltam: Distrito 9 e Um sonho possível. Aguardem!

By Doutor Estranho

2 comentários:

Susy Freitas disse...

poxa, você já viu o filme dos coen e o "guerra ao terror"? queria tanto assistir antes do oscar... =(
apesar de não ter visto o filme da ex do james cameron, estou torcendo muito por ele na categoria melhor filme, porque avatar é mais do mesmo 3D.

Jack disse...

Onde vc viu um homem sério? Queria muito ver. Mas emfim, avatar na verdade é subestimado. Vc percebeu quantas salas 3d abriram depois que ele estreou? O mesmo aconteceu na epoca de titanic, depois do sucesso que o filme fez que formava filas quilometricas 6 meses apos a estreia, as pessoas investiram mais em cinema aqui em manaus. E graças a isso podemos agora escolher entre cinemark, cinemais, playarte, severiano sbrubles e whatever. Entao, essa eh a importancia do avatar, popularizar o 3d e dessa vez com uma historia bem melhor do que titanic, que apesar de sua forma ingenua e pré-adolescente, fala de temas delicados como preservação ambiental, relaçoes interraciais e imperialismo industrial e militar. A popularização do 3d traz consigo melhor estrutura nas salas de cinema e dificuldade de piratear alguns filmes, o que pode fazer bem pra industria no futuro. Não me importo de um diretor ganhar dinheiro com um filme, me importo de o filme ter alguma relevancia. E isso avatar tem de sobra, neh. Acho que filmes como Guerra ao Terror vemos todos os anos, desde que Beleza Americana foi lançado. Mas avatar não se ve todo ano. Nao desmereceria se ele ganhasse. ;)